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A travessia em San Francisco

Atualizado: 27 de ago. de 2019


A primeira vez que visitei San Francisco foi numa viagem estilo Road Trip: passamos só um ou dois dias a pé pela cidade e depois alugamos um carro para continuar seguindo pela costa da Califórnia. Então tive uma visão bem diferente da que tenho agora. Dessa vez, estamos a pé o tempo inteiro, usando somente o transporte público e nossos fieis pés e pernas. Então vou narrar a experiência de um dos dias mais ativos dessa viagem: o da travessia da Golden Gate Bridge.

A maior parte dos posts sobre San Francisco fala que a melhor forma de atravessar a ponte Golden Gate e ir até Sausalito é alugando uma bicicleta... Como aqui nós não temos nenhum quê de Lance Armstrong, o roteiro foi diferente! Para começar, decidimos explorar uma parte não muito visitada do Presidio (o parque que fica na entrada da Golden Gate), e para chegar lá, o método mais rápido e menos cansativo foi pegando um ônibus. Uma dica sobre os transportes em SanFran: se você comprar um Clipper Card (custa U$3,00 no momento desse post), as passagens saem por um valor menor, além de ter a possibilidade de pagar por um passe de viagens ilimitadas por um período de tempo (3 ou 7 dias, por exemplo).

O Presidio é praticamente onde San Francisco começou. Atualmente um parque de 6,07km2, esse grande espaço verde fundado em 1776 serviu de posto militar sob as bandeiras da Espanha, México e EUA, até se transformar em um novo tipo de parque nacional em 1994.

Dentro do Presidio, além de inúmeras vistas, há áreas de floresta, fortes, um campo de golfe, e construções históricas que abrigam empresas, o Walt Disney Family Museum, restaurantes e a Lucasfilm.

Um dos marcos mais amados da cidade que fica também nesse parque é o Palace of Fine Arts, parte da Exposição Internacional Panama-Pacific de 1915. Construído para durar apenas um ano, nas décadas seguintes à exposição o palácio começou a virar ruína, suas galerias de arte foram ganhando outros usos e na década de 1950 sofreu uma deterioração dramática. Até que em 1959, um filantropo conseguiu arrecadar fundos para doar 4 milhões de dólares para a preservação do Palácio. Então em 1964, todos os edifícios que compunham o palácio foram demolidos para dar lugar à versão atual, em aço e cimento (a original era de madeira e gesso).

Na ponta mais oeste desse parque estão as praias e, dentre elas, a Marshall’s Beach, que foi a que escolhermos conhecer.

Para chegar lá, existe uma trilha descendo a encosta, que apesar de ser uma descida bem longa, é segura, já que a trilha tem escadas (e não só um caminho de mato batido entre as pedras). Quando digo longa, é longa mesmo: foram 300 degraus do início da trilha até a praia mesmo!

Mas a vista da Golden Gate a partir de lá é única, parece algo de filme, com quase ninguém na frente, só a extensão de areia e pedras, e o mar. Vale a pena a caminhada? Vale, mas é cansativa e você precisa ter cuidado, já que é uma descida constante e se tiver chovido no dia anterior (que foi o caso no momento que eu fui), a trilha fica enlameada e um pouco escorregadia, o que acaba cansando um pouco mais.

A TRAVESSIA

Vamos retornar aqui ao que interessa, a travessia da ponte em si!

Voltando da Marshall’s Beach (pela mesma trilha que descemos), chega-se ao ponto original da parada do ônibus, para começar a atravessar a ponte. Logo nesse ponto há o Welcome Center, com uma lojinha repleta de souvenires temáticos da ponte. A partir dali, são 50 minutos de caminhada, com direto a várias paradas para fotos, claro!

Quando se chega ao outro lado, o Vista Point oferece vistas da Ponte com o skyline de San Francisco ao fundo. É uma ótima parada para descansar da caminhada intensa.

A partir dali, você pode retornar pelo mesmo caminho, ou aproveitar para conhecer Sausalito, uma cidadezinha com inúmeros restaurantes, lojinhas e um charme único. Mas para chegar lá, é necessário pegar um ônibus, caminhando um pouco mais pela estrada.

O melhor de conhecer Sausalito, além de talvez desfrutar de um almoço com vista para San Francisco, é voltar de barca, podendo ver a Golden Gate por outro lado, junto com a ilha de Alcatraz.

CONCLUSÃO DA TRAVESSIA

Mesmo depois de tanto sacrifício a pé, alugar uma bicicleta continuou fora de cogitação para nós, mais por conta do percurso da loja de aluguel até a ponte, e depois da ponte até Sausalito (que seria um caminho pela estrada, numa ciclovia bastante estreita). Porém, caminhar esse trecho todo foi bastante cansativo, então talvez valha mais a pena atravessar de ônibus para poder ir direto à cidadezinha vizinha.

De qualquer maneira, tudo vai depender do seu estilo de viagem e do preparo físico (e psicológico) para enfrentar o percurso. Mas uma coisa é garantida: se você atravessar a ponte a pé ou de bicicleta, pode ir parando para tirar fotos ao longo dela, algo que num ônibus ou carro seria impossível.

Bateu aquela curiosidade de experimentar a melhor maneira de atravessar essa ponte linda e cheia de história? Fala com a gente! Sabendo o seu perfil e seus gostos, montamos um roteiro exclusivo!

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